Yogini viajante: Vanda Mendonça (entrevista)

Nome: Vanda Mendonça

Profissão: Jornalista e Instrutora de Yoga

Data de nascimento: 1980

Local de nascimento: Angra do Heroísmo, Açores

Local de residência: Zurique, Suíça

Próximas viagens: Bali e Timor Leste

Blog: The Yogi Wanderer

1. O que significam as viagens para si?

As viagens são sinónimo de liberdade, descoberta, aprendizagem e crescimento. Talvez por ter nascido numa ilha, sempre quis conhecer o mundo, ver para além do horizonte mais próximo. As viagens permitem-nos não só descobrir novos lugares, mas também novos povos e culturas, com diferentes formas de estar no mundo e na vida.

Depois há toda uma dimensão de autoconhecimento nas viagens. Pode parecer um cliché, mas na realidade não o é. Viajar, sozinho ou acompanhado, é também descobrirmos quem somos, descobrirmo-nos nos outros e no mundo. Não é a única forma de o fazer, mas é, para mim, uma das mais fascinantes.

Safari no Kruger (África do Sul).

2. Entre os destinos que já visitou, há algum que a tenha marcado de forma especial? Conte-nos.

Uma das experiências mais marcantes que tive em viagem foi, sem dúvida, fazer um safari no Kruger National Park, na África do Sul. Para além da extraordinária beleza do local, a possibilidade de estar tão próximo dos animais e de testemunhar a natureza no seu estado mais puro foi muito especial e emotivo.

3. O que mais o influencia na hora de escolher um destino de viagem?

Costumo dizer que quero ir a todo o lado, por isso tenho uma lista muito extensa de destinos que pretendo visitar. Gosto obviamente de viajar para lugares que ainda não conheço, de conhecer culturas muito diferentes da minha, mas também de experimentar todo o tipo de experiências pelo menos uma vez na vida.

Gosto de viajar de forma independente, sozinha ou em casal, mas também não digo que não a um cruzeiro pelo Mediterrâneo ou a um retiro de yoga e surf em Marrocos, por exemplo.

4. Já viveu fora de Portugal mais que seis meses? Se sim, onde e o que retirou dessa experiência?

Vivo há 7 anos em Zurique, na Suíça. Viver no estrangeiro era um sonho antigo, que me trouxe muitas oportunidades, mas também alguns desafios. Por um lado, a Suíça é um país lindíssimo, com um dos melhores níveis de vida do mundo, e viver no centro da Europa tem-me permitido viajar bastante.

Por outro lado, nem sempre é fácil estar longe da família e dos amigos e é impossível não sentir saudades do mar e do sol de Portugal.

Tailândia

5. Explique o que é o seu blog de viagens e a razão da sua existência.

O The Yogi Wanderer é o resultado de três grandes paixões: as viagens, o yoga e a escrita. Para mim, tanto as viagens como o yoga são duas excelentes formas de aprendermos sobre o mundo e sobre nós próprios, por isso faz todo o sentido aliar estas duas filosofias de vida.

Aquilo que começou como um blog em estilo de diário sobre a minha vida na Suíça e as viagens que ia fazendo foi, aos poucos, crescendo. Hoje é um projeto profissional onde pretendo inspirar e ajudar outras pessoas a descobrirem o mundo e o seu verdadeiro eu, através de guias, itinerários e dicas de viagem, mas também de recursos de yoga gratuitos.

6. Como surgiu o nome do blog?

Como instrutora de yoga e viajante, queria algo que refletisse quem sou e a essência do blog e The Yogi Wanderer pareceu-me perfeito.

7. Destaque um dos posts de que mais gosta no seu blog e explique porquê.

Um dos meus favoritos é o artigo sobre a ilha Terceira, nos Açores. Sendo a ilha onde nasci e cresci, este é um dos posts que mais prazer me deu escrever e um dos mais especiais para mim.

Na ilha de Gozo, uma das 21 que constituem o arquipélago maltês.

8. Alguma dica para quem pretende começar agora um blog de viagens?

Apenas começar. Para quem é apaixonado por viagens, escrita e/ou fotografia, começar um blog de viagens é uma forma criativa de imortalizar e partilhar as suas experiências de viagem.

Para quem pretende transformar o seu blog de viagens em algo mais do que um hobby, recomendo que invista tempo e dinheiro em formação, tal como faria se quisesse começar qualquer outra profissão.

9. Que papel desempenham os blogs junto de outras pessoas que gostam de viajar?

Nos dias de hoje, os blogs são não apenas uma fonte de inspiração, mas também de informação detalhada e de confiança no momento de planear uma viagem, substituindo-se cada vez mais a outros meios de comunicação nessa função.

As pessoas procuram ali uma perspetiva pessoal sobre um destino, restaurante, hotel ou experiência porque seguem e conhecem determinado blogger, identificam-se com a sua forma de viajar e confiam na sua opinião. E isso é algo que não encontram nos media tradicionais ou nos guias de viagem em formato de livro.

10. Qual é o seu maior sonho por cumprir?

Desde que vi um documentário em criança, um dos meus maiores sonhos é visitar a Antártida. Ainda não sei quando, mas um dia vou. Mas tenho outras viagens de sonho ainda por realizar, como fazer o Transiberiano e o Inca Trail até Machu Picchu.

Ao nível profissional, o meu maior objetivo é trabalhar como blogger de viagens a tempo inteiro.

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Ruthia Portelinha
Ruthia Portelinha

Viajante, mãe babada, chocólatra, amante de livros e museus.
Autora do blog O Berço do Mundo.

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